Você já ouviu falar do BDI? Sabe da importância de aplicá-lo no seu orçamento? Pois bem, o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) é um índice utilizado na construção civil para calcular as despesas indiretas de uma obra, adicionando-as aos custos diretos e definindo o custo final do empreendimento.
No processo de orçamento e gestão de obras, é fundamental compreender a relevância dos custos diretos no cálculo do BDI. Os custos diretos são aqueles que estão diretamente relacionados à produção do empreendimento, como materiais de construção, insumos e serviços. Portanto, todos os insumos inclusos em uma composição de custo unitário de serviço são considerados custos diretos.
Os custos indiretos não estão incorporados ao produto final, mas contribuem para a formação do custo total e englobam despesas como, administração central, custos financeiros, impostos/tributos, garantias, riscos e seguros.
Portanto, o BDI é um indicador crucial na gestão orçamentária de uma obra. Ele consiste em uma taxa adicional ao custo geral da obra, que tem como objetivo gerar lucro para o empreendedor e cobrir despesas extras.
No entanto, é importante destacar que o BDI não é fixo e varia conforme o tipo de obra. Em obras públicas, por exemplo, o Tribunal de Contas da União (TCU) impõe limitações para o BDI, baseado no Acórdão 2622/2013 o que requer uma fórmula de cálculo específica.
A fórmula que o TCU considera como ideal é esta:
Nesse caso, o que significa cada elemento da fórmula?
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AC: administração central;
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S: taxa relacionada a seguros de obra;
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R: riscos e imprevistos que pode acontecer na obra;
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G: garantias exigidas sobre o empreendimento definidas em edital;
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DF: taxa relacionada com despesas financeiras;
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L: remuneração bruta do construtor;
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I: taxa referente aos tributos que recaem sobre o preço de venda (como PIS, COFINS, ISS e CPRB).
Portanto, a compreensão e o correto cálculo do BDI são fundamentais para uma gestão orçamentária eficiente e para a obtenção de resultados melhores na execução de obras.
Aplicando BDI no sistema de obras i9orçamentos
No sistema de obras i9orçamentos você tem a possibilidade de aplicar o percentual de BDI. Temos 3 formas de aplicar o BDI. Ele pode ser individual, por tipo de insumo ou padrão.
No BDI individual, selecionamos a linha, pode ser um ou mais itens e em opções tem o “ajuste de BDI”, informe o percentual desejado e confirmar. E está aplicado o BDI individual.
Este BDI prevalece, ou seja. Caso se aplique o BDI padrão ou por tipo de insumo, estas aplicações não ocorrerão neste individual que apliquei. Ele não acumula.
Agora aplicaremos o BDI por tipo de insumo. No campo BDI tem a opção: “detalhado por tipo de insumo” aplique o percentual, escolha qual tipo de Insumo, salvar e aplicar BDI.
Então todos os itens que sejam equipamentos sofrerão o ajuste. Porém, caso tenha aplicado o BDI individual em um item de categoria equipamento, este não sofrerá este ajuste por tipo de insumo. Pois o individual prevalece e não é acumulativo.
Importante observar que dentro de numa composição, podemos ter várias categorias, entre elas, mão-de-obra, materiais, equipamentos. Então, um exemplo, é a composição da base SINAPI “88242 ajudante de pedreiro” que aparentemente seja apenas de categoria “mão-de-obra”. Porém, nela tem itens de categoria equipamentos. Neste caso, estes itens de categoria equipamentos dentro desta composição, sofrerão o ajuste de BDI aplicados por tipo de insumo.
Depois do BDI individual, o BDI por tipo de insumo que prevalecerá, ou seja, da mesma forma que o individual, se aplicarmos o BDI padrão, estes itens por Tipo de insumo não terão este percentual acrescido do DBI padrão. Como já mencionado, ele não acumula.
E por último podemos aplicar o BDI no orçamento. No campo BDI tem a opção BDI único. Esse BDI aplicará no seu Orçamento todo.
Porém, caso tenha aplicado BDI individual e por tipo de Insumo, somente o restante dos itens que não tenham essas duas formas de BDI aplicadas, terão esse ajuste do BDI padrão aplicadas.
Conclusão
O BDI é um elemento fundamental em seu orçamento, com ele você reduz a margem de erro e consegue incluir todos os custos adicionais que incorrem no decorrer do projeto. Ele é essencial para garantir que os cálculos gerem um orçamento de obras mais assertivo e realista, evitando prejuízos e garantindo o sucesso financeiro do empreendimento.