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Falta de mão de obra qualificada

A expectativa de crescimento de 3,0% no setor da construção civil divulgado nos primeiros meses do ano, passou para 3,5% no terceiro trimestre de 2024, conforme divulgado pelo CBIC, e entre alguns motivos, destaca-se a resiliência do mercado de trabalho como um dos fatores positivos para o setor da construção civil, de modo que as vagas de emprego estão em alta no setor.

Falta de mão de obra qualificada

De janeiro a agosto de 2024 o setor da construção civil gerou 213,643 mil novas vagas formais, e outro dado importante a se destacar é que desde 2021 o setor cria mais de 210 mil novos empregos formais no acumulado do período de janeiro a agosto de cada ano.

Porém, se tratando de vagas para mão de obra qualificada, existe uma preocupação pela falta desses profissionais e consequentemente o aumento do custo dessa mão de obra, isso acaba elevando também os custo na produção de imóveis, tornando mais caros os novos projetos.

Ainda falando deste desafio, a sondagem da indústria da construção fez uma pesquisa que foi divulgado pelo CNI (confederação nacional da indústria) destacando como um dos maiores problemas no setor da construção civil, é essa falta ou alto custo de mão de obra qualificada, destacando-se nas primeiras posições com 25,4%, conforme gráfico abaixo:

Falta de mão de obra qualificada
Fonte: Sondagem da indústria da construção, 3° trim./24 – Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Queda na Taxa de Desemprego no País

Segundo dados divulgados pelo IBGE o desemprego cai a 6,4% no trimestre terminado em setembro, uma queda de 0,50% em relação ao 2° trimestre terminado em junho que foi de 6,9%. No mesmo período do ano passado registrou-se um percentual de 7,7% na taxa de desemprego.

Esse índice de 6,4% é o menor para o período em 12 anos e a queda no percentual é registrada em 7 estados, sendo que em 19 estados e distrito federal, ficou estável, porém houve uma maior desocupação em dois estados, onde Pernambuco registra (10,5%) e na Bahia (9,7%), e menor em Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).

Com o mercado aquecido com vagas de emprego, acaba gerando muita competição e oportunidades de emprego em outros setores, gerando a falta de mão de obra qualificada no setor da construção civil.

Falta de mão de obra qualificada

Fatores para Falta de mão de obra qualificada 

Outras oportunidades: A alta taxa de ocupação no mercado de trabalho, embora positiva em um primeiro momento, pode gerar situações complicadas no setor da construção civil. A alta empregabilidade em outros setores, aliada a salários mais atrativos e melhores condições de trabalho, tem levado muitos profissionais experientes a buscarem novas oportunidades fora do setor imobiliário.

Mercado mais tecnológico: Fatores para essa elevada busca por profissionais qualificados é o fato de um mercado cada fez mais industrializado com maquinários com mais tecnologias, exigindo assim profissionais com capacitação para trabalhar nesses novos equipamentos.

Pandemia: Outro fator que ainda traz reflexos, foi a chegada da pandemia, onde muitos profissionais tiveram dificuldade pela paralisação das obras e nesse contexto tendo que se reinventar em novas profissões, de modo que no pós-pandemia a dificuldade em trazer esses profissionais de volta ao mercado ainda é grande, e essa dificuldade atingiu o mercado de trabalho em outros setores também.

Rotatividade de pessoal: Diante da falta de mão de obra qualificada, o setor construção civil ainda enfrenta outro grande problema que é o alto índice de rotatividade de pessoal, sendo o maior entre todos os setores da economia brasileira e ele pode estar relacionados a diversos fatores, como já destacado anteriormente, o mercado de trabalho aquecido como um todo é um dos fatores que dificulta em manter esses profissionais.

Minha Casa Minha Vida: As mudanças implementadas no novo programa Minha Casa Minha Vida, ao ampliarem o acesso à moradia e estimularem a construção civil, aumentando a demanda por habitações populares. Isso gerou uma grande demanda por mão de obra qualificada. Essa demanda, combinada com a já existente escassez de profissionais qualificados no setor, intensificou a concorrência por trabalhadores experientes.

A consequência direta é a dificuldade das construtoras em encontrar profissionais qualificados para atender à demanda, o que pode gerar atrasos nas obras, aumento dos custos e, em alguns casos, comprometer a qualidade das construções.

Aumento dos salários

Em setembro/2024 a taxa do INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou 5,23% no acumulado em 12 meses. Uma alta de 0,61% na variação, taxa abaixo da variação de 0,64% do mês anterior. 

Falando do componente Mão de Obra onde há uma maior procura por mão de obra no setor e uma elevação do salário, o INCC registou em setembro uma taxa de 7,45% no acumulado últimos 12 meses. De modo que a variação foi de 0,64 e mostrou uma elevação ao mês anterior que foi de 0,57%.

Segundo pesquisa do IBGE no 3° trimestre móvel  (jul-ago-set) o valor médio do salário no setor da construção ficou em R$ 2.486,00. Valor abaixo do que a média mensal total que é de R$3.132,00. Conforme imagem abaixo:

Falta de mão de obra qualificada

Porém teve uma alta de 5,4% em comparado ao mesmo período do ano passado que foi de R$ 2.358,00. Conforme imagem abaixo:

Falta de mão de obra qualificada

 

Em resumo: A alta empregabilidade em outros setores, somada a alta demanda do mercado imobiliário tem criado um cenário de disputa por profissionais qualificados na construção civil, impulsionando a valorização da mão de obra e exigindo soluções inovadoras para suprir a necessidade por talentos nesse setor.

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